Comecei do avesso
te entreguei suado,
as palavras liquidas,
num beijo desejado
como devolução contundente
a teu sorriso sarcástico.
As horas da lua
seu olhar calcula,
como espada finca
o aço prateado
no crepúsculo de meus sonhos,
horas de antepassados
dedicação e trabalho
à construção de meu acaso.
Ter te conhecido: meu destino.
Partir entre espinhos,
entre o adeus ameaçado,
envolto na fração de nuncas
de teus braços...
fecho os olhos,
aureola da lua sobre a carcaça pálida
de meu espírito abandonado.
No infinito ato de esperar
o desconhecido é algo letal,
veneno vertido de seus olhos,
proposições de alívio para o real.
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